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Dia Mundial da Saúde

Neste dia 7 de Abril celebra-se o dia mundial da Saúde. Aproveito o mote deste dia para fazer uma reflexão pessoal e profissional sobre o conceito e a dimensão da saúde humana.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.), em 1947, a saúde é definida como: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
Esta definição integra em si uma interessante visão sobre a saúde e, considerando a altura da qual está datada, encerra em si uma interessante mudança de visão sobre a mesma.
Nesta definição passou-se a considerar que o conceito de saúde é mais abrangente que o estado de ausência de doença. Para alguém ser considerado, ou considerar-se saudável e com um bom estado de saúde, não bastava não estar doente, mas sim, sentir-se bem.
É importante considerarmos o contexto histórico na evolução do próprio conceito de saúde. O facto de antigamente o tipo de patologias mais comuns estarem associadas a quadros infecto-contagiosos e doenças agudas que se propagavam de forma rápida, levando muitas vezes à morte por falta de recursos na área da saúde e, também, por falta de meios e infra-estruturas sanitárias, recursos sócio-culturais e sócio-económicos, fez com que a valorização da ausência de doença fosse o mais importante foco na definição de saúde.
Com a evolução da ciência e da investigação na área da saúde, os índices maiores na literacia do povo, o maior e melhor acesso a formação e informação, as melhores condições de vida e o investimento nas áreas da saúde pública foi possível haver um progresso no controlo e estabilização de algumas doenças, na diminuição da taxa de mortalidade, no aumento da esperança média de vida e no próprio tipo de doenças da população.
Assim sendo, a saúde passou a ser também um estado subjectivo relacionado com a percepção que cada um tem de si e de como se sente o que, na minha opinião, reflete uma aproximação do ser humano a si próprio pois percebe que não vem de fora e não depende apenas de uma qualquer condição e/ou patologia que apareça, o seu estado de saúde.
Além disso, esta definição, integra em si a valorização da dimensão mental e social para a saúde humana. Sabemos que o ser humano é um ser bio-psico-socio-cultural, desta forma, como poderíamos distanciar estas componentes do seu estado de saúde?
Atualmente, a Health Council of Netherlands veio ressalvar a importância de revermos esta definição da O.M.S, fazendo uma atualização do conceito de saúde: “ser saudável é estar apto para se adaptar e gerir a sua própria condição face aos desafios físicos, emocionais e sociais.
Esta reformulação e atualização do conceito de saúde prende-se à necessidade de pensarmos sobre o absolutismo inerente ao “estado de completo bem-estar”, falado na declaração da O.M.S, uma vez que este é algo utópico e não mensurável. Além disso, o aumento da esperança média de vida e o nosso estilo de vida trouxe uma mudança ao padrão de doença da sociedade que traz, em associação, a necessidade de novas reflexões sobre a perspectiva de saúde e sobre o seu próprio conceito.
O facto de hoje em dia estarmos perante uma “praga” no padrão de comorbilidades e doenças que marcam a nossa sociedade, como por exemplo: hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia, doenças cardio-vasculares e neuro-degenerativas, doenças autoimunes e oncológicas, ansiedade e depressão, entre outras, penso que faz sentido esta necessidade de reformulação do conceito de saúde, uma vez que, a maior parte de nós está a viver com os desafios e limitações associados a um sintoma, doença ou processo crónico reflexo de um estilo de vida doente, tóxico, em urgente necessidade de mudança que tem a sorte ou a oportunidade de coexistir numa fase da humanidade com um elevado progresso científico, de avanços na medicina e na ciência, que permitem o aumento da esperança média de vida e o prolongamento da vida em muitas condições, até outrora, incompatíveis.
No seguimento desta explanação sobre estas duas definições de saúde e aproveitando esta data simbólica, cito Hipócrates que nos diz: “Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer”.
Talvez estejamos numa época em que seria bom irmos beber de sabedorias antigas e ancestrais. Considero que, numa época de tanto ruído, ritmos tão agitados e rápidos, progressos científicos e tecnológicos galopantes, podemos beneficiar no encontro com estas mensagens tão diretas e elementares para um resgate e conexão com aquilo que somos e com o poder do nosso corpo.
Acredito que neste cruzamento, entre o aprofundamento da conexão do ser humano consigo e com a natureza; a busca por uma postura mais ativa, informada e responsável de cada um no seu processo de saúde e de vida e os avanços do conhecimento científico e tecnológico, onde cada vez temos uma maior oferta e diversidade de abordagens terapêuticas em vigor, está um equilíbrio sobre o qual devemos refletir e repensar de forma a investirmos numa nova mudança de paradigma da nossa saúde mas, especialmente, do nosso estilo e hábitos de vida.

Aida Loureiro
OF num 5639
ERS E136385
Número da cédula profissional de Osteopatia: 0100523

Homeostasis Fisioterapia&Osteopatia – Gabinete de Saúde Integrativa
Rua Sacra Família, n. 1070, loja 2B 4490-548 Póvoa de Varzim


Saúde da Mulher | Pós-Parto

O meu bebé já nasceu! Como cuidar do meu pós-parto?
Ser mãe é mais do que passar por uma gestação e é mais do que parir. Ser mãe é ser como diz William Ross Wallece “A mão que balança o berço e a mão que governa o mundo.”
É normal que a mulher possa apresentar algumas alterações físicas após o parto, desta forma, além da consulta puerpério com o obstetra é importante realizar uma consulta de avaliação de pós-parto com um fisioterapeuta especializado em saúde pélvica.
Ao longo dos anos, os testemunhos que tenho recebido é que as mulheres se sentem um pouco abandonadas após o nascimento dos seus bebés, isto porque durante a gravidez são seguidas com alguma regularidade e após o nascimento a atenção médica e familiar vira para o bebé!
A fisioterapia no pós-parto visa promover a calma e a tranquilidade com o esclarecimento de dúvidas que a mãe possa ter e tem como objetivo avaliar a funcionalidade das estruturas do pavimento pélvico, a diástase, a cicatriz e a sua mobilidade (se existir) e ajudar em possíveis dores que a mãe possa ter assim como ajudar nas posturas durante esta nova fase com um recém-nascido.
Outro grande campo onde o fisioterapeuta pélvico atua é na orientação para a retoma ao exercício físico, pois no início os exercícios devem de ser direcionados e específicos para cada mamã.
São muitos os benefícios em realizar fisioterapia no pós-parto nomeadamente a restauração da força muscular, a recuperação da musculatura do assoalho pélvico e a prevenção e/ou recuperação de depressão no pós-parto.
Desta forma, para mim o pós-parto tem de ser visto com tanta importância como a gravidez, pois uma intervenção precoce é a chave para uma rápida e boa recuperação.

Cátia Mota
Nº Cédula: 1411

Homeostasis Fisioterapia&Osteopatia – Gabinete de Saúde Integrativa
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Massagem

Mas o que acontece ao nosso corpo quando fazemos uma massagem?

A palavra massagem vem do grego masso que se refere a amassar. Hipócrates utilizou para definir massagem o termo anatripsis que significa “friccionar”, pressionar o tecido, sendo posteriormente traduzido para a palavra latina frition ou fricção. 

A utilização da massagem e do toque para o bem-estar físico e mental remonta dos tempos da pré-história. Há inclusivé relatos que a massagem melhorava as relações de convívio entre as pessoas.

A Massoterapia, utilização da massagem com fins terapêuticos, compreende diferentes tipos de massagem: desportiva, relaxamento, estética e terapêutica que, por sua vez compreendem um vasto conjunto de técnicas. 

Sabemos que a massagem é uma ferramenta terapêutica que melhora a saúde a nivel físico e mental mas o que acontece ao nosso corpo quando fazemos uma massagem?

A manipulação dos tecidos corporais através de técnicas de massagem vai ter efeitos localizadas e generalizados no corpo e na saúde. 

A mobilização  dos tecidos corporais induz um aumento do aporte sanguíneo e consequentemente um aumento da temperatura corporal. Estes efeitos fisiológicos permitem o relaxamento muscular, a melhoria da mobilidade dos tecidos moles, a eliminação de produtos resultantes do metabolismo celular, o melhor trofismo tecidular e a própria drenagem vascular e linfática. 

A respostas  fisiológica do corpo à  massagem permite potenciar os efeitos mecânicos da mesma. O aumento da temperatura altera as propriedades do colagénio e dessa forma altera as propriedades viscoelasticas dos tecidos, ajudando na mobilidade, no efeito descontracturante e desfibrosante dos musculos e consequentemente na melhor mobilidade articular e do corpo.

Podemos também falar de efeitos neuro-fisiológicos da massagem: a diminuição  da dor,  melhoria de quadros de alteração de sensibilidade e a a libertação  de substâncias químicas como as endorfinas e alguns neurotransmissores associados ao relaxamento e bem-estar físico e psico-emocional.

É importante referir  que a pele é o primeiro órgão sobre o qual a massagem de impacta, beneficiando também dos seus efeitos: melhoria da textura e da aparência da pele pela renovação da camada epitelial, estimulação das glândulas sudoríparas e sebáceas, estimulação da microcirculação, hidratação e melhoria da elasticidade e descamação de células mortas.

Existem outros efeitos indirectos que a realização de massagens, como uma prática  regular de saúde  estilo de vida, pode potenciar: melhoria da qualidade do sono, prevenção  de doenças,  melhoria da função visceral, influência positiva sobre o estado emocional e sobre a condição física e postural.

Desta forma, que a realização regular de massagens pode ser um hábito saudável para um estilo de vida equilibrada.

Escolha o método, o profissional e o local que lhe proporciona níveis  de relaxamento  e bem-estar mais gratificantes.

 

Ana Silva
Técnica auxiliar de Fisioterapia e massagista

 

Homeostasis Fisioterapia&Osteopatia – Gabinete de Saúde Integrativa
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